8 de Março Celebra o Dia Internacional da Mulher,
uma Conquista do Movimento Feminista
Por que Celebramos o Dia Internacional da Mulher
(International Woman's Day)
Há controversas versões e alguns mitos sobre a
origem do 8 de Março, mas quando analisamos o histórico de lutas pela igualdade
de gêneros ao longo da história da civilização humana, nos envergonhamos das
atrocidades que ainda são praticadas contra as mulheres. Uma data para
homenageá-las é uma forma de efetivar as lutas e conquistas para pôr fim a
tantas práticas abomináveis.
Breve História do 8 de Março
O dia 8 de Março é dedicado a celebrar as conquistas históricas da
mulher em todas as esferas da vida social. Desde a descoberta da agricultura
pela mulher, na Era do Neolítico até a sua entrada no mercado de trabalho na
Era da Revolução Industrial, a mulher não para de marcar posição, a despeito de
todas as barreiras que tem enfrentado ao longo do processo civilizatório
humano. Há muito a ser feito ainda, particularmente no que diz reapeito à
violência que não cessa. No Brasil, a Lei Maria da Penha segue firme nesse
combate, mas ainda há muito a conquistar.
Na consolidação dessas conquistas, surge a necessidade de dedicar um dia à Mulher, germinada no século XIX, quando a Revolução Industrial que tem origem na Inglaterra, se estende para os Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Rússia (fase da Segunda Revolução Industrial), e globaliza-se na contemporaneidade. Com o surgimento das fábricas de tecidos as mulheres entraram em massa no mercado de trabalho, submetendo-se às piores condições laborativas.
Na consolidação dessas conquistas, surge a necessidade de dedicar um dia à Mulher, germinada no século XIX, quando a Revolução Industrial que tem origem na Inglaterra, se estende para os Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Rússia (fase da Segunda Revolução Industrial), e globaliza-se na contemporaneidade. Com o surgimento das fábricas de tecidos as mulheres entraram em massa no mercado de trabalho, submetendo-se às piores condições laborativas.
A versão mais divulgada sobre a origem do 8 de Março, contestada pelos movimentos de mulheres socialistas e comunistas, está ligada a uma tragédia ocorrida em 1857 numa fábrica de tecidos na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, quando um grupo de operárias entrou em greve, ocupando a fábrica para reivindicar melhores condições de trabalho. Pediam: redução da carga horária de trabalho de 16 para dez horas diárias; equiparação de salários com os homens, pois as mulheres chegavam a receber apenas 30% do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de serviço; fim do trabalho infantil, comum nas fábricas do período; tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
Os patrões foram desumanos na repressão ao movimento e trancaram as grevistas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. No momento do incêndio, era confeccionado um tecido da cor lilás, que deu origem à cor do movimento pelos direitos da mulher em todo o mundo. Mas, em consequência dessa tragédia, foram criados novos conceitos de responsabilidade social e legislação trabalhista, tornando mais dignas as condições de trabalho no mundo.
Em 28 de Fevereiro de 1909 foi celebrado nos Estados Unidos, o primeiro Dia Internacional da Mulher, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória daquelas operárias.
Em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Socialdemocrata alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, propôs o 8 de Março como O Dia Internacional da Mulher, em homenagem àquelas mulheres que morreram na fábrica em 1857.
Para as feministas de esquerda a homenagem se origina na Rússia, quando as comemorações do Dia da Mulher naquele país, foram o estopim da Revolução Comunista de 1917. Naquele 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano e 8 de março pelo calendário gregoriano, que vigora no mundo ocidental cristão), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o Czar Nicolau II, e contra a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial, precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução Comunista de 1917.
Entretanto, o 8 de Março passou a ser comemorado com mais intensidade na década de 1960 com o fortalecimento do movimento feminista, quando passaram a ser discutidos problemas da sexualidade, da liberdade ao corpo, do casamento e dos jovens.
No Brasil, o movimento feminista ganhou força com a conquista do direito
ao voto para as mulheres aprovado pela Constituição de 1932, promulgada pelo
presidente Getúlio Vargas. Em 1982 foi criado o Conselho Estadual da Condição
Feminina em São Paulo; em 1985 foi criada a primeira Delegacia Especializada da
Mulher. Em 2006 foi aprovada a Lei Maria da Penha, para combater a violência
doméstica contra a mulher. Em 2010, o Brasil elegeu a primeira mulher
Presidente do país, Dilma Rousseff. Em seu nome, cumprimentamos as bravíssimas
mulheres brasileiras, que hoje chefiam cerca de 30 % dos lares do país.
Por fim, não se
sabe com precisão por que o dia 8 de março foi escolhido, mas ele se consagrou
ao longo do século XX, quando os movimentos feministas de todos os matizes
ideológicos se fortaleceram e se espalharam pelo mundo, e no Brasil não foi
diferente. O apoio internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), que em
1975 instituiu
oficialmente o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher, consagrou a data.
Mas independente de uma data, o que importa é que as diferenças de gêneros,
raças, etnias, orientação sexual, ideológica, religiosa e a condição
sócio-econômica não se transformem em armas de uns contra os outros. Salve 8 de Março !
Mulheres, à luta !
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